Minha empolgação com o anúncio de Elden Ring Nightreign foi imensa. Ver chefes de Dark Souls — criados por George R. R. Martin e Hidetaka Miyazaki — sendo introduzidos no universo de Elden Ring foi emocionante.
No entanto, após algumas partidas, todo esse brilho se dissipou, deixando-me com incertezas sobre o jogo.
Muito longe de ser um título ruim, Elden Ring Nightreign parece uma versão esvaziada do que Elden Ring realmente representa. A grandiosidade das Terras Intermédias foi sacrificada em prol de uma experiência rápida e menos imersiva.
Para novos jogadores, pode ser uma porta de entrada ao gênero, oferecendo momentos divertidos em co-op. No entanto, para quem já conhece o legado da FromSoftware, fica difícil ignorar a ausência da profundidade e complexidade que consagraram a franquia.
Mudança na estrutura do jogo
A longa jornada para se tornar Lorde Prístino foi substituída por partidas curtas, onde o objetivo é sobreviver por três dias e, no terceiro, enfrentar o Lorde da Noite. O jogo disponibiliza quatro personagens jogáveis:
- Duquesa – Especializada em destreza e ataques rápidos.
- Selvagem – Equilibrado e com um gancho similar ao de Sekiro.
- Reclusa – Maga, focada em ataques à distância.
- Guardião – Um guerreiro em forma de ave, com foco em força bruta.
O estilo soulslike tradicional foi trocado por uma fórmula roguelite. Durante o dia, eliminamos inimigos e chefes menores, coletamos armas e recursos. À noite, enfrentamos um chefe maior.
Se você gosta de jogar como mago, prepare-se para desafios extras: não há Frascos de Lágrimas Cerúleas, o que limita a mana, que só pode ser recuperada em locais específicos, como árvores azuis espalhadas pelo mapa.
Exploração e movimentação mais ágil
Se a exploração se tornou mais rasa, ao menos a movimentação do personagem foi aprimorada. Sem o corcel Torrente, a locomoção agora inclui corrida mais veloz, escalada e até voo com o Falcão Espectral.
O mapa também é menor que Limgrave, tornando a exploração mais dinâmica mesmo sem montaria.
Gameplay e desafios
O núcleo de Elden Ring Nightreign é baseado em partidas curtas, que duram aproximadamente uma hora caso você sobreviva até o terceiro dia. Durante os dois primeiros dias, explorei o mapa, coletei armas e enfrentei inimigos e chefes.
Destaque para alguns chefes icônicos de Dark Souls, como o Demônio Centopeia e Morgott, o Rei Agouro. Porém, transformar inimigos comuns em chefes não foi uma escolha acertada.
Além disso, a redução no nível de dificuldade compromete a experiência e diminui a sensação de recompensa. O Lorde da Noite, Tricéfalo, não apresentou qualquer desafio nas três vezes que o enfrentei.
Construção de personagens
Diferente do jogo base, onde a evolução do personagem permite personalização profunda, Nightreign simplifica tudo. Subimos de nível nos Locais de Graça, mas não podemos distribuir atributos manualmente. O sistema de builds foi substituído pelos Ritos de Relíquia, semelhante às Runas de Caryll de Bloodborne, deixando a customização limitada.
Conclusão da Overload
No fim, minha decepção com Elden Ring Nightreign se deve mais às expectativas que criei do que ao jogo em si. Ainda é possível encontrar diversão em Limveil, seja sozinho ou com amigos. Porém, a experiência não se compara ao Elden Ring original ou à DLC Shadow of the Erdtree.
Se compararmos com o modo roguelite de God of War Ragnarok, que foi gratuito e extremamente bem-executado, Nightreign se torna ainda mais frustrante. Para fãs de desafios complexos e exploração profunda, essa versão reduzida de Elden Ring pode não ser o que esperávamos.
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