Mortal Kombat 1: Reina o Kaos demonstra que até uma história ruim pode piorar - Review

Mortal Kombat 1: Reina o Kaos demonstra que até uma história ruim pode piorar

6.0

Imagem: NetherRealm Studios

Mortal Kombat 1 trouxe uma nova abordagem para a icônica franquia de luta, prometendo melhorias gráficas e um sistema inovador de Kameos que adiciona mais profundidade à jogabilidade.

No entanto, a narrativa, um dos pilares que sustentam a série, deixou a desejar, com a expansão Reina o Kaos levantando questionamentos sobre a direção criativa da NetherRealm. Nesta análise, exploraremos os principais aspectos da história, narrativa, jogabilidade e direção de arte, para entender melhor o que funciona e o que falha nesta nova entrega.

História

Mortal Kombat 1 é uma experiência de altos e baixos, com pontos fortes como as melhorias gráficas e a adição do sistema de Kameos, onde personagens de assistência complementam a jogabilidade. No entanto, o grande problema está na narrativa, considerada a mais fraca da franquia desde o reboot de Mortal Kombat 9 em 2011. A expansão Reina o Kaos não só falha em melhorar o enredo decepcionante do jogo base, como também agrava ainda mais a situação. A presença de um vilão sem carisma, diálogos desinspirados e momentos de humor que não cumprem o seu papel são os principais problemas.

Lançada a 24 de setembro, Reina o Kaos introduz três personagens clássicos à história: Cyrax, Sektor (ambos pela primeira vez em versões femininas) e Noob Saibot. Em breve, personagens icónicos do cinema como Konan, Ghostface (Pânico) e o T-1000 (O Exterminador do Futuro 2) também serão adicionados.

Narrativa

Em termos de mecânicas, a expansão não traz novidades, mantendo o foco desta análise nos elementos narrativos. Diferentemente da expansão Aftermath de Mortal Kombat 11, Reina o Kaos falha em gerar qualquer emoção, terminando de forma anticlimática e entediante. Parece que, se esta expansão não existisse, o impacto na franquia seria mínimo. Desde o reboot de 2011, Mortal Kombat construiu uma fórmula interessante para contar histórias, mas agora parece presa em ciclos repetitivos, com os mesmos conflitos, apenas com papéis diferentes para certos personagens.

No final de Mortal Kombat 1, descobrimos que existem múltiplas realidades, onde os combatentes assumiram o papel de titãs do tempo, numa espécie de variação estilo "MCU". Já em Reina o Kaos, a grande ameaça à realidade criada por Liu Kang é Havik, uma escolha surpreendente para antagonista. Em comparação com vilões icónicos como Shang Tsung, Shao Khan, Kronika ou Quan Chi, Havik parece pouco ameaçador.

Infelizmente, essa suspeita de que Havik não se sustentaria como vilão principal confirma-se desde o início. Ele tenta espalhar o caos não só na realidade de Liu Kang, mas em todas as outras. Mesmo sem entrar em muitos spoilers, é possível mencionar que personagens como Cyrax, Sektor e Noob Saibot têm papéis importantes, enquanto Sub-Zero (Bi-Han) lidera um ataque ao clã Shirai Ryu, fundado por Scorpion (Kuai Liang) após os eventos do jogo base.

Jogabilidade

A partir desse ataque, a narrativa gira em torno da invasão de Havik à realidade de Liu Kang, com o caos a dominar. Durante as pouco mais de 2 horas e 15 minutos da expansão, dividida em cinco capítulos, a palavra "kaos" é repetida inúmeras vezes, o que contribui para a fadiga do jogador.

Em comparação direta com a história principal de Mortal Kombat 1, apesar dos problemas na segunda metade da campanha, ainda existem momentos de destaque, ao contrário de Reina o Kaos, que oferece muito pouco em termos de narrativa. O ponto alto talvez seja a introdução de Cyrax e Sektor, mas, no geral, a história é superficial, repleta de diálogos fracos e sem momentos memoráveis.

A transformação de Sub-Zero em Noob Saibot, algo já antecipado nos trailers, acontece de forma abrupta e sem impacto. Há até um momento em que um personagem que foi derrotado em batalha retorna para ser o protagonista da luta final, o que acaba por enfraquecer ainda mais a coerência do enredo.

Conclusão da Overload

No geral, Reina o Kaos é a pior história de Mortal Kombat desde o reboot de 2011. Os diálogos sem brilho, os vilões mal desenvolvidos e o enredo repetitivo indicam que a NetherRealm está com dificuldades em continuar a saga de forma inovadora. A expansão, que custa R$ 230 no PC e R$ 250 nas consolas, é difícil de justificar para qualquer jogador que não seja um fã dedicado da série, dado que a história pode ser completada em pouco mais de duas horas. No fim das contas, o verdadeiro valor do DLC está na adição de novos personagens, já que a narrativa oferece muito pouco ao que já foi visto no jogo principal.

Capturas de Tela

Mortal Kombat 1: Reina o Kaos demonstra que até uma história ruim pode piorar
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